Monday, May 16, 2011

Jornalismo Assistido por Computador



O Jornalismo Assistido por Computador (JAC) consiste no processo de utilização de suportes informáticos, nomeadamente o computador, no sentido de estes contribuírem para a recolha de informação relevante para a elaboração de uma notícia.

O advento desta nova fase do Jornalismo foi inicialmente visto como uma forma extremamente facilitadora do trabalho do profissional da área, nomeadamente na constituição de arquivos de redes internas e na utilização de programas estatísticos.

No entanto, é imprescindível a referência à Internet, que impulsionou sobremaneira o recurso à tecnologia como um dos principais, senão o principal, meio de trabalho. Aliás, actualmente, os períodos mais recentes, o JAC torna-se indissociável da vertente online.

São inúmeras as potencialidades advindas do surgimento do Computer-Assisted Reporting (CAR). Abriu-se um número incomensurável de novas vias de pesquisa, complementando a tradicional procura e recolha de informação em bibliotecas, e de contacto – o e-mail, por exemplo, já é utilizado para a realização de inúmeras entrevistas. Estas funcionalidades juntaram-se às relacionadas com os processadores de texto, de constituição de bases de dados, entre muitas outras.

Esta inovação é naturalmente encarada com bons olhos, conquanto convém realçar um desafio que se coloca ao jornalista: a sobredose de informação, que se pode tornar bastante prejudicial à consecução de um bom trabalho. O profissional deve saber avaliar e seleccionar as suas fontes, com base em critérios de credibilidade, tendo para isso de saber filtrar os conteúdos que possui.

É indubitável a asserção de que o JAC possui um papel extremamente relevante nas redacções das diversas publicações, constituindo uma importante mais-valia para os profissionais na área do Jornalismo.

Para concluir, deixo uma lista de links onde se pode consultar mais informação sobre o Jornalismo Assistido por Computador:

- Belinda Weaver, “Computers as an essential tool”

- Melisma Cox, “The Development of Computer Assisted-Reporting”

- Steve K. Doig, “Computer-Assisted Reporting: Tools for Journalists”

- Justin Mayo e Glenn Leshner, “Assessing the credibility of computer assisted-reporting” -

- Philip Meyer, “The New Precision Journalism”

Monday, April 4, 2011

Web 2.0 - O que é?


O termo Web 2.0 é usado, vulgarmente, para designar a segunda geração da World Wide Web, na qual o utilizador da Internet passou de receptor passivo para emissor activo, sendo os grandes paradigmas desta nova era o Youtube e a Wikipedia. Foi, indubitavelmente, um enorme passo para uma crescente interacção e participação entre criadores e utilizadores de conteúdos cibernéticos.

Criada em 2004, por intermédio da empresa O´Reilly Media, a Web 2.0 serviu, inicialmente, para dar nome a uma conferência “brainstorming”, na qual se viria a concluir que a Internet estava a conhecer um período no qual as novas adições (aplicativos, pop-ups, etc) detinham um potencial inigualável, que deveria ser melhor aproveitado. Nasceu, então, este conceito.

A grande novidade trazida com o aparecimento da Web 2.0 reside no dinamismo do ambiente online, que permite ao utilizador tornar-se parte integrante dos sites, passando, muitas das vezes, a ser ele próprio a construir e/ou divulgar determinado conteúdo – o conceito de partilha de informação foi extremamente alavancado com esta concepção, de efeitos perenes na Internet.

O fundador da empresa sintetiza de uma maneira deveras interessante aquilo que acaba por ser a Web 2.0, referindo que "é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva" – tanto a interacção, como a flexibilidade de conteúdo estão bem implícitas nestas palavras.

São inúmeros os conceitos indissociáveis da Web 2.0, sendo os mais asseverados: AdSense (inovador sistema de anúncios criado pela Google), Blogs, RSS (meio do utilizador escolher aquilo que realmente pretende, recebendo a informação de forma organizada, simples e cómoda), Tagging (forma de “rotular” a informação, como acontece no Delicious e no Flickr) e as Wikis (Páginas comunitárias, cujo exemplo mais comum é a Wikipedia).

Também no Jornalismo se assistiu a uma pequena revolução com o surgimento deste novo conceito: sobreveio a “intromissão” dos leitores na publicação e edição dos artigos jornalísticos, gerando-se a noção de Jornalismo Cidadão. Neste âmbito, o Digg representa um instrumento importante para perceber aquilo que os leitores gostam – ou não.

A finalizar este post, deixo dois vídeos que, de formas antagónicas, explicam aquilo em que consiste a Web 2.0: